Toda vez que algum de nós faz aniversário eu penso "caralho, mais um, tô ficando velho". Eu lembro perfeitamente lá de trás, onde tudo começou, com uns 15 aninhos, aquela menininha estranha, metida a inteligente, querendo se enturmar, mas torcendo o nariz pra maioria dos que se aproximavam, Priscila sempre muito exigente, até para pessoas; depois virou pop-rock, gótica, emo na real, virou a rebelde sem causas, mas que causava muito; virou meio hippie nesse meio tempo, tentou virar patricinha, enfim, tentou de tudo né, sempre assim, buscando as coisas, nunca parada esperando, menina de atitudes e de palavras, muito bem formuladas por sinal. Hoje, com 21 anos (é 21 né?! é tanto que já me perdi, pqp) e mesmo com tantas mudanças e 'remudanças', conserva as suas características principais, tem um humor ácido que me fascina, um sorrisinho maléfico que hipnotiza, um olhar que.. as não sei definir seu olhar, tem um jeito envolvente de cativar, é enigmática, não se pode tentar prever o que vai fazer, porque sempre acaba surpreendendo, eu gosto de surpresas, eu gosto de você, não, ops, eu te amo. Minha amiga, meu camaleão, meu amor!

eu que sou o culpado por essa nostalgia idiota.

Eu passei esse tempo todo procurando respostas de perguntas mal formuladas, levando em consideração de que o erro estava em você, no seu jeito de pensar e em suas atitudes, hoje aprendi a olhar mais pra mim, e agora sim soube quem foi o culpado de tudo isso. Eu. Eu que sou o ridículo por vezes me pegar pensando nos momentos de bricandeiras e fofuras que tínhamos, eu que sou o idiota pelas diversas insistências mal sucedidas de amenizar as situações, eu que sou o ridículo pelos detalhes e explicações desnecessárias, eu que sou idiota pelas desculpas sem culpas, eu que sou o ridículo pelas mágoas sem sentido nas datas especiais, eu que sou o idiota em ainda considerá-las especiais, eu que sou o ridículo por procurar manter um sentimento que já está comprovado que não existe mais, eu que sou o idiota em acreditar que existiu e foi verdadeiro, eu que sou o ridículo por achar que precisva de alguma forma de você, eu que sou o idiota por ter me importado com sua indiferença habitual, eu que sou o ridículo por confundir saudade com algo sem definição correta, eu que sou o idiota por atos e escolhas impensados, eu que sou o ridículo por ainda acreditar nessa tal esperança.